segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O mundo não gosta de mim

Em 2003, após conviver vários anos com uma gastrite, acabei evoluindo... saí da gastrite e fui para a esofagite.
Por que será? Vivia numa dieta com muita carne vermelha, muito pão, vários copos de refrigerante no café da manhã... não sei porque fui ter problemas com essas “ites” do sistema digestivo...
Para evitar algo maior, iniciei naquele ano uma dieta.
Após alguns meses, tudo ia bem. Os elogios vinham de todos os lados e eu já fazia planos para 2004.
Até que... no meio de dezembro, fui chamado para uma reunião. Um projeto gigante que precisava ser lançado ainda aquele ano. Caso contrário, a empresa inteira teria férias coletivas de fim de ano, enquanto o Marcelo Rufato (que trabalhava comigo) e eu ficaríamos trabalhando.
Que injustiça! Por que todos poderiam viajar, curtir as festas de fim de ano e nós teríamos que nos sacrificar?
A revolta era enorme... Saí do trabalho aquele dia dando chutes e socos no ar. Dentro do metrô, um pensamento constante: “o mundo não gosta de mim”.
Ao descer na estação Ana Rosa, um fabricante de panetonnes tinha montado uma lojinha com preços especiais.
Mergulhado em confusão, aquilo tinha uma outra interpretação para mim: eu estava cheio de dó de mim mesmo e aqueles panetonnes apareceram na minha vida como uma forma de compensar o que o mundo fazia de ruim para mim.
Resultado: comprei um chocotonne brigadeiro, com cobertura de granulado e tudo mais. Ele não durou até a manhã do dia seguinte... Foi o início do fim de uma trajetória que tinha tudo para ser excelente.

É engraçado como a cabeça arranja uns caminhos estranhos... que tolice... acaba arranjando um problema maior.

2 comentários:

  1. Diversas foram as vezes que tb usei essa frase... Procuro não ver tdo com "lente de aumento" a fim de evitar novas afirmações negativas. Como sempre, ótimo post. Abs, David.

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  2. Valeu David!
    Como sempre, seu incentivo tem feito muito bem pra mim!
    Abraços!

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