Seja na Folha de S. Paulo, seja na Band News, adoro ler/ouvir José Simão. Dou muitas risadas com os seus comentários e seu jeito de criticar a política e a sociedade.
Ontem, porém, mais do que rir, fiquei com um incômodo ao ler sua coluna na Folha.
No meio dos comentários sobre o BBB, principalmente sobre a presença de um transexual e de um homossexual, ele soltou uma frase dura mas muito real: “E tem uma gorda também (no BBB). Tão dizendo que ela vai sofrer mais preconceito que a operada (o transexual). A pessoa pode ser tudo, menos gorda. A não ser que seja engraçada. Gorda tem que ser engraçada?”...
Infelizmente é verdade... outras minorias, distúrbios da personalidade ou diferenças físicas estão sendo cada vez mais aceitos. Mas a obesidade continua gerando repulsa!
Quem é obeso sabe: para compensar a rejeição das pessoas, criamos estratégias para que as pessoas se aproximem da gente. Uma dessas estratégias é ser engraçado, assim como ser bonzinho, caridoso, prestativo, educado... todas as maneiras de ser agradável, mesmo abrindo mão das nossas próprias necessidades.
Enquanto isso, a auto-estima, que já não andava bem, vai cada vez mais para o fundo do poço.
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