Jerry Seinfeld, um comediante americano famoso pelos stand ups, disse:
“Francamente, não acredito que as pessoas pensem em seu escritório como um lugar de trabalho. Acho que pensam nele como uma mistura de papelaria com delicatessen. Você vai, leva os docinhos, os envelopes e o bloquinho, toma seis xícaras de café e vai para casa.”
Impossível dizer algo melhor!
Em meus tempos de descontrole, também via meu trabalho como uma forma de lanchonete. Minhas gavetas no trabalho pareciam um bunker esperando por uma guerra atômica, com biscoitos recheados e chocolates devidamente provisionados.
Quando eu decidia fazer regime, substituía tudo por torradas, biscoitos água e sal e qualquer coisa que estampasse na embalagem “diet” ou “light”. Quem adorava tudo isso eram as formigas!
O hábito de comer uma bolachinha na mesa de trabalho ia sendo consolidado de tal forma, que havia dias em que a fome (daquelas ligadas à ansiedade) só era saciada com algo mais turbinado: pão de queijo, coxinha, cookies...
E o ambiente das empresas favorece a comilança. Algumas disponibilizam máquinas e snacks. Outras são atendidas por vendedores ambulantes. Há aquelas que são rodeadas por bares e cafés que fornecem tudo para sustentar o “vício”. Todas armadilhas esperando por um descuido para levar ao caminho da engorda.
E as festas? Elas são particularmente engraçadas. Aqueles aniversários do mês, em que são celebrados todos os aniversariantes no último dia, mostram pessoas pegando bolo como se fosse uma horda de guerreiros mongóis atacando o inimigo.
Não faz o meu tipo. Mas confesso que festas de fim de ano são mais a minha cara: a bebida à vontade já me levou a subir no palco e dar um showzinho ao lado de uma banda cover dos Beatles, com direito a discurso com o meu sotaque “scouse” e dedicatória a uma garota na platéia...
Enfim, deslizes e vexames à parte, vale aqui aquele pensamento “onde se ganha pão, não se come a carne (nem biscoitos, chocolates, coxinhas...)”.
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